quarta-feira, 19 de janeiro de 2011

Cientista acha registro mais velho de cão doméstico na América


Um cientista da Universidade de Maine, nos EUA, diz ter encontrado um pedaço de osso de cão doméstico de quase 9.400 anos. O objeto, que estava em uma caverna no Texas, é o registro mais velho de convivência entre homens e cães na América.

O autor da descoberta, Samuel Belknap III, encontrou o osso enquanto analisava lixo deixado por habitantes pré-históricos. Como o objeto estava em uma pilha de excrementos humanos e tinha a cor característica que recebe quando passa pelo sistema digestivo, Belknap suspeita que o bicho tenha sido comido por humanos.

Fonte:  G1, com informações da AP.

Chamada de Trabalhos para a Revista Eletrônica Cadernos de História

A Revista Eletrônica Cadernos de História (UFOP) lança a chamada de trabalhos para a edição ano VI, nº 1, com seção temática de artigos sobre História do Esporte no Brasil, e seção livre para resenhas, transcrições comentadas, entrevistas e traduções. 

A partir desse número contaremos com uma nova seção de tema livre dedicada exclusivamente a artigos escritos por graduandos (ver detalhes no anexo ou na página da Revista). O prazo para envio de trabalhos se encerra no dia 14 de Março de 2011.

ENCONTRO NACIONAL DA ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE ESTUDOS DE DEFESA

As inscrições para proposição de trabalhos (comunicações) em Simpósios Temáticos no V Encontro Nacional da Associação Brasileira de Estudos de Defesa - ABED, estão abertas.
 
A relação de Simpósios Temáticos bem como o Edital de Chamada de Trabalhos contendo as instruções para as inscrições encontram-se no site da ABED: http://www.abed-defesa.org/

quarta-feira, 5 de janeiro de 2011

---> Educopédia: O Blog da Educopédia entre os Melhores Blog's Cult...

---> Educopédia: O Blog da Educopédia entre os Melhores Blog's Cult...: "==>>Educopedistas,O ano começou com mais uma notícia boa :D!O nosso blog foi indicado por um dos membros do Instituto de Pesquisa Histórica..."

Opinião: Ginásio Carioca

Artigo de Claudia Costin comenta o projeto de novo modelo de ensino ''Ginásio Carioca''
* CLAUDIA COSTIN

Há alguns anos, entrar para o ginásio era um feito memorável: as famílias comemoravam e associavam o sucesso nas provas de admissão, especialmente se a criança fosse de origem humilde, com um talento grande e um futuro promissor.

Muitos lançam olhares saudosos a esse passado, em que a escola pública apresentava qualidade, e culpam os novos tempos por oferecer um projeto de ensino populista e sem conteúdo forte. Culpam, em especial, o poder público por ter permitido a inclusão de um número grande de crianças pobres na escola, sem assegurar a qualidade necessária.

De fato, o ginásio público era para poucos, normalmente os filhos dos letrados ou de famílias que tinham clareza do papel da Educação como mecanismo de ascensão social. Os demais eram excluídos.

No Brasil, as reformas educacionais do período militar acabaram com o ano de admissão e com os exames de entrada no ginásio. Alguns anos mais tarde, após a redemocratização do País, o acesso ao Ensino Fundamental se universalizou, o que representou, sem dúvida, um grande avanço.

No Rio de Janeiro, após o anúncio pelo prefeito Eduardo Paes do fim da aprovação automática e quase dois anos de esforço para dar um salto na qualidade da Educação carioca, os resultados são surpreendentes, nos anos iniciais: a adoção de um currículo claro, acompanhado de provas bimestrais unificadas e reforço escolar estruturado, trouxe uma evolução importante no Ideb, índice que mede a aprendizagem do aluno e dados de repetência e evasão.

Esse sucesso, porém, não se repetiu, na mesma medida, nos anos finais. Do 6º ao 9º ano, tivemos melhorias importantes na Prova Brasil, mas esse resultado positivo foi suplantado pelo aumento em 366% na taxa de reprovação. Além disso, as notas, embora melhores que em 2007, ainda deixam a desejar.

Nesse sentido, concebemos um novo modelo de ensino do 6º ao 9ºano que chamamos de Ginásio Carioca. O nome empresta do antigo ginásio a associação com excelência acadêmica e agrega-lhe o adjetivo carioca, porque se quer excelência sem exclusão, para todos. É fácil oferecer bom ensino para alunos excelentes, mas com isso acabamos com a ideia de que a escola pública pode ser fonte de oportunidades.

Como lograremos implantar semelhante modelo? Adotando uma estratégia que vem dando certo em várias cidades: instrumentalizando o professor com um material adequado para um ensino mais eficiente. O professor neste segmento de ensino tem pouco tempo para preparar seus planos de aula e se vê muitas vezes sozinho com a tarefa de preparar aulas instigantes para um público adolescente e inquieto.

Decidimos, nesse sentido, chamar 220 professores, a maioria deles de sala de aula, para aos sábados preparar aulas digitais e apostilas, para seus colegas. Cada professor assina uma ou mais aulas. A UFRJ capacitou e acompanhou os professores, e consultores de outras universidades também nos ajudaram na tarefa.

Para viabilizar o Ginásio, projetores serão acoplados a computadores em cada sala, projetando as aulas digitais que incluem vídeos, exercícios, pesquisas e jogos. O professor terá um plano de aula e textos para sua preparação e os alunos, material para revisão e dever de casa. Para completar, cada aluno será orientado para preparar seu projeto de vida.

Planejar o futuro, entender a ligação entre o estudo e um caminho profissional desejável, em que empenho seja valorizado, resgatando uma ética e um sentido de esforço. Não há sonho realizado sem luta. A escola pública deve oferecer ensino de qualidade. O resto é com cada aluno, protagonista de sua própria vida!


* CLAUDIA COSTIN é secretária de Educação da prefeitura do Rio.

Fonte: O Globo (RJ)

segunda-feira, 3 de janeiro de 2011

Uma cruel liderança - por Luiz Mott (O Globo 03/01/2011)

Recentemente, o presidente da Associação Brasileira de Gays, Lésbicas, Bissexuais e Transgêneros, ao receber no Palácio do Planalto o prêmio de direitos humanos, provocou riso nos governistas presentes ao intitular Lula "Papai Noel dos Gays". Anos passados, ao receber idêntica premiação de FHC, abri uma faixa "Gays querem justiça!", protestando contra a homofobia reinante em nosso país: matava-se então no Brasil um homossexual a cada três dias, uma média de 100 a 150 por ano. A gente era quase feliz e não sabia! Ao tomar posse, Lula recebeu a incumbência de cumprir o Programa Nacional de Direitos Humanos II, onde, num total de 402 ações afirmativas, constavam 11 dirigidas à população LGBT.

Lastimavelmente, Lula deixou de cumprir sua obrigação constitucional, pois, apesar de muita bravata, realizando uma conferência nacional, instituindo o Programa Brasil sem Homofobia, criando no último mês de governo o Conselho Nacional LGBT, como acertadamente declarou a senadora Marta Suplicy, "a situação piorou para os homossexuais no Brasil. Os crimes aumentaram e nenhuma lei foi aprovada no Congresso. Os países vizinhos avançaram mais. Apesar da festa, temos um cenário cada vez mais difícil!" Faltou vontade política de Lula para enfrentar a homofobia institucional. Cristina Kirchner foi muito mais ousada.

Triunfalismos a parte, em vez de Papai Noel dos Gays, desgraçadamente, Lula ficará na historia como "Vampiro dos Gays". Nunca antes na história deste país tanto sangue gay foi derramado ou contaminado pelo HIV, devido à irresponsabilidade do atual governo. Em 2009 foram documentados 198 assassinatos de homossexuais brasileiros, crimes de ódio cometidos com requintes de crueldade. Até início de dezembro de 2010, 235 gays, travestis e lésbicas foram cruelmente trucidados, aproximadamente uma morte a cada dia e meio, o dobro de quando Lula começou a governar. O país da futura Copa ostenta cruel liderança: é o campeão mundial de assassinato de homossexuais! Aqui matam-se muitíssimo mais gays do que todas as execuções homofóbicas de Irã, Arábia, Sudão, Nigéria e demais sete países onde há pena de morte contra os amantes do mesmo sexo. Nos Estados Unidos, com cem milhões a mais de habitantes, matam-se em média 25 gays por ano; aqui, 250!

Todo esse sangue derramado poderia ter sido evitado se Lula tivesse cumprido ao menos duas ações afirmativas do PNDH-II, aprovado meses antes de sua posse:

* Nº 231. "Promover a coleta e a divulgação de informações estatísticas sobre a situação sociodemográfica dos LGBT, assim como pesquisas que tenham como objeto as situações de violência e discriminação praticadas em razão de orientação sexual."

* Nº 232. "Implementar programas de prevenção e combate à violência contra os LGBT, incluindo campanhas de esclarecimento e divulgação de informações relativas à legislação que garantam seus direitos."

A mortandade de gays vítimas da aids é outra face criminosa do vampirismo do "Papai Noel dos Gays": enquanto são 0,8% os homens heterossexuais infectados pelo HIV, entre os gays 11% são soropositivos. As raras campanhas de prevenção destinadas ao principal "grupo de risco" da epidemia, além de tímidas, não causaram o efeito necessário. De quem é a culpa?

Lula deixa para sua sucessora essa cruel herança maldita para os homossexuais e transexuais: se ficar a aids pega, se correr a homofobia mata.