terça-feira, 14 de dezembro de 2010

Coleção História Geral da África em português

8 volumes da edição completa.
Brasília: UNESCO, Secad/MEC, UFSCar, 2010.

Resumo: Publicada em oito volumes, a coleção História Geral da África está agora também disponível em português. A edição completa da coleção já foi publicada em árabe, inglês e francês; e sua versão condensada está editada em inglês, francês e em várias outras línguas, incluindo hausa, peul e swahili. Um dos projetos editoriais mais importantes da UNESCO nos últimos trinta anos, a coleção História Geral da África é um grande marco no processo de reconhecimento do patrimônio cultural da África, pois ela permite compreender o desenvolvimento histórico dos povos africanos e sua relação com outras civilizações a partir de uma visão panorâmica, diacrônica e objetiva, obtida de dentro do continente. A coleção foi produzida por mais de 350 especialistas das mais variadas áreas do conhecimento, sob a direção de um Comitê Científico Internacional formado por 39 intelectuais, dos quais dois terços eram africanos.

Download gratuito (somente na versão em português):

quinta-feira, 2 de dezembro de 2010

José Honório Rodrigues (1913-1987)

12/02/2008

Autor de livros sobre história do Brasil, foi diretor do Arquivo Nacional entre 1958 e 1964
Filipe Monteiro

Carioca formado em Direito, José Honório Rodrigues especializou-se em História do Brasil e escreveu diversos livros, como Civilização holandesa no Brasil (1940); As fontes da História do Brasil na Europa (1950); Período colonial (1953); Brasil e África. Outro horizonte (1961); História e historiadores do Brasil (1965); Interesse nacional e política externa (1966); A Assembléia Constituinte de 1823 (1974), Independência: revolução e contra-revolução, 5 vols. (1976), e História da História do Brasil. 1a Parte: A historiografia colonial (1979), entre outros.

Entre 1939 e 1944, trabalhou no Instituto Nacional do Livro, onde foi colega de Sérgio Buarque de Holanda. Estudou metodologia histórica na Universidade de Columbia, em Nova York, EUA, com bolsa da Fundação Rockfeller. Ao voltar, em 1945, tornou-se bibliotecário do Instituto do Açúcar e do Álcool (IAA) e um ano depois tomou posse como diretor da Divisão de Obras Raras da Biblioteca Nacional. Entre 1958 e 64 assumiu a direção do Arquivo Nacional.

Como professor, formou gerações, lecionando no Instituto Rio Branco, na UFF, UFRJ, PUC-Rio e UnB. Também foi professor-visitante na Universidade do Texas, em Austin, e na de Colúmbia, em Nova York.

Foi membro do Instituto Histórico e Geográfico Brasileiro, da Academia Portuguesa da História, da American Historical Association (EUA), da Royal Academy of History (Inglaterra), da Sociedade Histórica de Utrech (Holanda) e da Academia Brasileira de Letras.

Fonte: Revista de História da Biblioteca Nacional (http://www.revistadehistoria.com.br/v2/home/?go=detalhe&id=1417)

Divulgação: Blog "A REVOLTA DA CHIBATA"

Blog mantido pelo aluno da UGF Eduardo Seabra, que tem como principal finalidade servir de ferramenta pedagógica a professores e alunos, sobre o ensino da Revolta da Chibata nas escolas. 

Os apenas "interessados" no tema também irão encontrar boas informações disponíveis.

Nas escolas públicas, deficiência de aprendizado

Dados do Todos Pela Educação mostram que alunos concluem o Ensino Médio sem saber matemática e português Adauri Antunes Barbosa

SÃO PAULO. Os alunos das escolas públicas brasileiras não estão tendo o aprendizado adequado, conforme apontam dados divulgados ontem pelo movimento Todos pela Educação. Apenas 11% dos estudantes que terminam o 3º ano do ensino médio sabem o conteúdo apropriado de matemática e apenas 14,8% dos que concluem o ensino fundamental compreendem essa disciplina.

Em língua portuguesa, o desempenho é um pouco melhor, embora ainda muito baixo. Apenas 28,9% dos alunos que terminam o ensino médio (3º ano) têm o conteúdo adequado da matéria. Na conclusão do ensino fundamental, o índice não passa de 26,3%. E entre os alunos de 5ª série, chega a 34,2%.

Os dados fazem parte do relatório "De olho nas metas", elaborado anualmente pelo Todos pela Educação, grupo de especialistas e interessados em Educação que acompanha cinco metas que devem ser cumpridas até 2022: toda criança de 4 a 17 anos deve estar na escola; toda criança deve estar plenamente alfabetizada até os 8 anos de idade; todo aluno deve ter aprendizado adequado à série; todo jovem deve concluir o ensino médio até os 19 anos; e os investimentos em Educação devem ser ampliados.

A meta mais importante sugere que "70% ou mais dos alunos terão aprendido o que é adequado para a sua série". Se a evolução continuar no ritmo atual o Brasil só vai atingi-la em 2050. Embora nenhuma das séries avaliadas esteja próxima da meta estabelecida, no 5º e no 9ºano do ensino fundamental houve melhora em língua portuguesa na comparação com o primeiro ano do Sistema de Educação Básica (Saeb), 1999. No ensino médio, 28,9% atingem o objetivo para a etapa, enquanto eram 27,6% há 10 anos. Em matemática, no entanto, os que atingiam o objetivo eram 11,9% há dez anos e hoje são 11%.

- Isso significa que 89% das nossas crianças estão concluindo a Educação básica sem aprender o mínimo - explicou Priscila Cruz, diretora-executiva do Todos pela Educação.

Para o sociólogo Simon Schwartzman, do Instituto de Estudos do Trabalho e Sociedade (Iets), a evolução no aprendizado do português, embora pequena, não deve ser atribuída à melhoria da qualidade do ensino. Segundo ele, o português está associado à Educação familiar.

- Se a família fala um pouco melhor, a criança aprende. Matemática depende da escola, o que significa que a instituição não está ensinando - disse.

Em matemática, a meta para o ensino médio era de 14,3% e a média geral do país ficou em 11%. O pior desempenho é da Região Norte, com 4,9%, seguido pelo Nordeste (6,8%), pelo Centro-Oeste (10,4%), pelo Sudeste (13,7%) e pelo Sul (16,5%). A secretária de Educação Básica do MEC, Maria do Pilar Almeida e Silva, admitiu o atraso do país no ensino médio, mas se queixou da "herança histórica":

- Não são só dez anos que se perderam, são 500 anos perdidos. Muitas gerações foram desperdiçadas. O que fazemos para tentar recuperar é o Prouni, a Educação de Jovens e Adultos.

O ensino médio recebe um dos menores investimentos do governo por estudante. Em geral, porém, o Brasil está indo na direção de alcançar a meta do Todos pela Educação de melhorar a gestão e aumentar o investimento em Educação, chegando a 5% do PIB.

No quadro atual dos investimentos, o ensino superior recebe mais recursos: R$15,4 mil por ano/aluno, depois no ensino fundamental (R$3,2 mil por aluno/ano) e no médio exatos R$2.317 por aluno/ano.

No ranking dos estados que mais investem na Educação, em primeiro está o Distrito Federal (R$4.834,43 por aluno/ano), seguido por Roraima (R$4.367,37) e Amapá (R$3.729,39). O Rio está na 10ª posição, com R$2.773,33 por aluno e São Paulo em 9º (R$2.930,56).

Em outra meta do Todos pela Educação - a de que todo jovem ou criança de 4 a 17 anos deve estar na escola -, o país já chegou, em 2009, a 91,9%, apesar do objetivo de 92,2% não ter sido atingido. A meta é ter 98% dos alunos desta faixa etária em sala de aula em 2022.

- Não podemos cair na cilada de achar que este número é a universalização. Ainda temos 3,7 milhões fora da escola, algo igual a população do Uruguai - diz Priscila Cruz, que aponta como o mais perverso dessa realidade o fato de 85% dos sem escola serem os mais pobres:

- A Educação não está fazendo seu papel de criar mobilidade social.

Concluíram o ensino fundamental 63,4% dos adolescentes de até 16 anos (a meta era 64,5%) e 50,2% das pessoas com 19 anos no ensino médio, mais que a meta, de 46,5%.

Fonte: O Globo (RJ)

I Encontro Nacional sobre Pensamento Social Brasileiro e Administração Pública